quinta-feira, 25 de março de 2010

A irrigação é o tema principal dos debates desta quinta-feira, na Fenicafé 2010

A irrigação é o tema principal dos debates desta quinta-feira, na Fenicafé 2010

Muitos produtores estão partindo para o plantio de café com sistema de irrigação, motivados pelos resultados satisfatórios já obtidos e em função dos sérios prejuízos causados pela estiagem. A procura de informações técnicas, principalmente no que se relaciona à incidência da irrigação nos custos de produção, realmente tem surpreendido os especialistas. O XI Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, realizado dentro da Fenicafé 2010, destacou a irrigação e apresentou as inovações do setor.
O pesquisador Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca, da Embrapa/Incaper (Insituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) realçou as condições em que se deu o desenvolvimento da cafeicultura no estado até o fim dos anos 60 e o apoio posterior do Governo Federal com o Plano de Renovação da Lavoura Cafeeira, quando da expansão da atividade a partir do advento do café solúvel e de sua utilização em “blends” com o café arábica nos chamados “torrados e moídos”.
A conilon é uma variedade de café tolerante às temperaturas elevadas. Cultivado com base nas tecnologias recomendadas pela pesquisa, tem potencial para alcançar produtividades entre 120 a150 sacas beneficiadas/ha. É um bom desempenho, afirma Aymbiré Almeida. O tema foi debatido nesta quinta-feira(25) também pelo professor Dr. André Luis Teixeira Fernande, Coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada da Embrapa Café; por Dr. Helvécio Matanna Saturnino, presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem(ABID); Nivaldo Souza Ribeiro, presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA); Dr. Aymbiré Francisco de Almeida da Fonseca, gerente geral da Embrapa Café; Roberto Santinato, engenheiro agrônomo do Mapa/ Procafé.

Irrigação
Quanto ao tipo de irrigação adequada, o produtor pode optar por diferentes sistemas. Uma delas é o pivô central, mais indicado para áreas maiores, com declividade até 20%, exigindo menos mão de obra. Já o de gotejamento, que apresenta baixo custo de instalação, serve para lavouras pequenas (até 10 hectares) em qualquer tipo de solo, declives em até 30% e regiões de baixa disponibilidade de água. Já a tripa, de custo inicial inferior, exige mais mão-de-obra, recomendando-se sua utilização em áreas pequenas e médias (até 30 hectares), em qualquer tipo de solo e boa disponibilidade de água. Quadros demonstrativos comprovam, para relação custo/benefício, que compensa implantar o sistema de irrigação em lavouras de café. Em circunstâncias normais, o café sequeiro rende 22 sacas beneficiadas, por hectare, na primeira safra, chegando a 103 sacas no final de três safras, ao passo que o café irrigado rende 37 na primeira e 150 sacas nas três safras. Já em circunstâncias anormais, como a forte estiagem, a diferença é bem maior em favor da área irrigada. O café sequeiro este ano, na primeira safra, em algumas lavouras ainda atingiu perto de 15 sacas, enquanto em outras não chegou sequer a render seis sacas por hectare.

Fenicafé
A feira, que segue até sexta-feira (26), no Pica-Pau Country Clube. A feira é uma realização da ACA em parceria com Embrapa Café, Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Prefeitura Municipal de Araguari e Consórcio de Pesquisa de Café. Mais informações acesse: www.fenicafe.com.br.

Nenhum comentário:

Postar um comentário